sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Ofensiva de Wagner e Pinheiro não esmorece João Ubaldo no debate sobre a ponte

Do blog Bahia em Pauta


Amigos de João Ubaldo Ribeiro garantem que os ataques públicos do governador Jaques Wagner e do secretário de Planejamento, Walter Pinheiro, não vão esmorecer o romancista nas críticas à construção da ponte Salvador-Itaparica. A tropa de choque do PT tenta amenizar os estragos nacionais dos questionamentos de intelectuais, artistas, escritores e jornalistas, além de outros profissionais, à obra bilionária. O manifesto "Itaparica: ainda não é adeus" já ganhou as assinaturas de Chico Buarque, Aninha Franco, Verissimo, Cacá Diegues, Fernando da Rocha Peres, Sonia Coutinho e do arquiteto Paulo Ormindo de Azevedo, entre os nomes baianos e nacionais.

Jaques Wagner afirmou, em entrevista à repórter do jornal "A Tarde" Patrícia França, que os argumentos de Ubaldo são um "besteirol". “João Ubaldo é um grande escritor, não sei se é um grande urbanista, mas tem o direito de emitir a opinião dele. Mas não acho que a opinião dele é referencial. É uma opinião de um cidadão, como é um cidadão qualquer trabalhador de Itaparica", disse o governador. Por sua vez, Pinheiro declarou ao "Jornal do Brasil", em tom pejorativo, que "o velho João Ubaldo saiu da rede".

Uma das estratégias dos petistas, rebatidas com firmeza por Ubaldo, é afirmar que o itaparicano só passa o verão na Ilha. A outra é desqualificar suas intervenções como as de um nostálgico preservacionista. Mas quem conhece Ubaldo pode afirmar que ele soube ouvir técnicos a respeito da viabilidade e dos impactos da ponte de 13km. E, como bom polemista, seguirá a se municiar com especialistas e moradores da Ilha.

Difícil de prever o próximo lance do imbróglio da ponte, mas os desacostumados a debates intelectuais não devem esquecer que João Ubaldo Ribeiro não é apenas autor do clássico “Viva o povo brasileiro”. Ele também escreveu um livro fundamental para compreender as movimentações políticas e empresariais na Bahia e no Brasil: "Política: quem manda, por que manda, como manda".

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